Primeiro
Sarau (Cordel)
24 de outubro (Quarta) às 19h
Klevison Viana
Segundo Sarau
Segundo Sarau
2 7 de outubro (Sábado), às 17h
Adriana Nietzkar
João Chiodini
Nilza Helena Silva Vilhena
Sônia Pillon
Vivaldo Bordin
Terceiro Sarau
3 de novembro (Sábado), às 17h
Kelsen Bravos
Quarto Sarau (Infantil)
24 de novembro (sábado), às 17h
Sílvio Araújo
AGUARDEM MAIS CONVIDADOS E SUPRESAS!
Olá Angela aqui estão as poesias que a Carol pode declamar no Sarau. Ela participou de 2 concursos de declamação promovidos pela fundação cultural de Jaraguá do Sul, em 2011(primeira vez que participou de um concurso) representando o Centro Educacional Canguru (escola em que estuda) concorreu com mais 32 escolas e ficou em primeiro lugar, em 2012 tb representando a escola ficou em segundo lugar, ela estuda no quarto ano e adora poesias.
ResponderExcluirO PÁSSARO CATIVO
Olavo Bilac
Armas, num galho de árvore, o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
A gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
“Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores,
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi ...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas ...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade ...
Quero voar! voar! ... “
Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão...
QUE RATA!
Sylvia Orthof
Uma bruxa varredeira
Foi varrer certo castelo,
Todo verde e amarelo.
Encontrou um camundongo
Bem redondo, que chorava.
- O que foi que aconteceu,
Me diga, que eu não sei?
- Dona Bruxa, eu já fui rei,
Mas beijei minha rainha
E camundongo eu virei...
E a rainha, coitada,
Parece enfeitiçada,
Virou gorducha ratinha!
- Faça assim, meu camundongo,
Pra desfazer o barato
De ser realeza rato:
Sapeca um beijo longo
Na ponta do meu nariz.
Novo rei serás de fato,
Pra sempre serás feliz!
Camundongo, encabulado,
Deu um beijo prolongado
Na bruxa, tão nariguda,
Bem na ponta da verruga.
A bruxa virou rainha
Camundongo virou rei,
Ratinha virou vassoura
Muito louca e avoada,
Voou pra longe, correndo,
E fez queixa pr’uma fada
Que queria uma vassoura
Pra varrer sua morada.